Ceilog demonstra na prática o que a RFID pode fazer pela logística
Empilhadeira utilizada para demonstrar os recursos de RFID para um armazém |
O projeto é realmente interessante e pessoalmente se torna ainda mais encantador pelo fato de ser muito mais do que um showroom das tecnologias desenvolvidas pela PC Sistemas e seus parceiros nacionais e internacionais, como é o caso da Intermec, porque também funciona como um laboratório para desenvolvimento de software e soluções de identificação por radiofrequência (RFID) para as necessidades do mercado brasileiro. “A margem das empresas é muito baixa no segmento de logística, no Brasil. Beira os 3%”, disse Patrus, afirmando que com o uso da tecnologia RFID as empresas podem obter ganhos maiores.
O Ceilog tem tudo para demonstrar o uso da RFID na prática, incluindo um mini Centro de Distribuição (CD), onde as mercadorias utilizam diferentes tipos de tags e uma empilhadeira de verdade, equipada com leitor RFID, faz todo o processo de armazenamento e localização de produtos. Também foi instalado no local um checkout de supermercado também equipado com RFID, para demonstrar a nova experiência de um consumidor em uma loja equipada com a tecnologia.
“O espaço é voltado à aplicação de soluções inovadoras, entre elas o RFID. Por meio de pesquisa, criação e aplicação prática, a meta é atender de forma customizada a cadeia logística e dinamizar os processos de armazenagem, distribuição e controle dos produtos”, explicou Ezequiel Borges, diretor de estratégia da PC Sistemas. “Desenvolvemos soluções viáveis e acessíveis para atender os problemas logísticos de planejamento, simulação, otimização, sensorização, monitoramento, execução e controle da circulação das mercadorias”
Wagner Patrus, CEO da PC Sistemas |
Além do desenvolvimento tecnológico, o CEILOG contempla a criação de negócios, atuando como incubadora para startups de novas empresas. Engloba ainda o processo de proteção à propriedade intelectual, com o licenciamento de patentes, publicações técnico-científicas, com capacitação empresarial e pesquisas de campo.
Os projetos de RFID desenvolvidos são adequados às necessidades específicas de cada negócio, adaptando cada sistema de acordo com as demandas do cliente. “O mercado, que antes não sabia como implantar as inovações promovidas pelo RFID. Hoje, com uma solução sob demanda pode adotar as facilidades desta tecnologia. No atacado, por exemplo, a ideia é facilitar o inventário a partir da implementação de tags nos pallets, o que reduz a operação de dois dias para apenas quatro horas”, explica Patrus.
O Ceilog está inserido no complexo tecnológico da PC Sistemas, em Goiânia, que possui uma área total construída de 5,5 mil metros quadrados e abriga cerca de 500 colaboradores. Sua meta é resolver os problemas logísticos da cadeia de abastecimento, beneficiando a redução de rupturas de estoque, divergências de inventário, custos com mão de obra, custos da logística direta ou reversa e perdas.
“O objetivo é utilizar o Ceilog como um instituto de pesquisa para o desenvolvimento de novas soluções capazes de alavancar a competitividade das empresas na cadeia de abastecimento e apoiar o crescimento sustentável de suas operações”, diz Patrus.
De acordo com Reinaldo Andrade, da Intermec, a tecnologia RFID oferece alternativas vantajosas para aplicações em armazéns, especialmente, como uma complementação ou substituição do uso de código de barras. “O Ceilog apresenta e discute estas alternativas com seus clientes”.
As principais aplicações, segundo ele, são identificação de posições e pallets, identificação com leitores e antenas veiculares (empilhadeiras, paletadeiras), com leitores e antenas em portais fixos e com leitores portáteis integrados a coletores de dados. “Também são discutidos o uso de tags integrados a etiquetas adesivas, para gravação com impressoras de código de barras e RFID, e tags robustas”, explicou Andrade.